Projeto de Histórias: Guardiãs da Biodiversidade

O que acontece quando juntamos guardiãs da biodiversidade e oferecemos o espaço para que suas histórias sejam compartilhadas – um projeto sobre o ouvir.

Autora: Ana Rosa
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Mulheres indígenas são as guardiãs de milhares de histórias sobre a biodiversidade que as cerca. Contando com o apoio do SEZ, Stiftung Entwicklungs-Zusammenarbeit Baden-Württemberg, Fundação de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional do estado alemão de Baden-Württemberg, vamos aproximar as histórias das mulheres indígenas, Guardiãs da Biodiversidade, às crianças alemãs do estado alemão Baden-Württemberg.

Através da rede de comunidades indígenas e locais engajadas pela Meli, estabelecemos um grupo de mulheres indígenas de diversas etnias, como Aikewara, Krahô, Aimara, Kokama, Nahua, Zapoteca etc. Esse grupo se reune em plataformas digitais e se encontra semanalmente, quando compartilhamos orientações e inspirações para que diversas guardiãs da biodiversidade possam compartilhar suas histórias de uma forma segura. A escritora criativa Camila Saloto Nogueira, bem como as escritoras indígenas Yazuri, Shirlley Mamani e Cruwakwyj Krahô e a escritora infantil Heliana Barriga já inspiraram o restante do grupo durante as ligações semanais de inspiração.

“O projeto Guardiãs da Biodiversidade é um espaço de aprendizagem e desenvolvimento pessoal.
Ter a oportunidade de ouvir as experiências de mulheres escrevendo histórias sobre flores que representam suas histórias e as comunidades delas é um presente maravilhoso da nossa Mãe Terra.”

Shirlley Mamani, liderança indígena Aimara

As histórias são relacionadas a flores encontradas no território de cada uma delas, uma forma de fortalecer os laços com a biodiversidade local. As vidas indígenas são intrinsicamente relacionadas com a biodiversidade que as cerca, em relações vistas desde os momentos de brincadeira na primeira infância.

“Estar envolvida nesse projeto é poder caminhar por um universo vivo de memórias e saberes.
Há uma sabedoria antiga que pulsa no ventre da natureza e no coração das mulheres.
As mulheres indígenas tecem, com mãos firmes e alma aberta, histórias com o fio que une o feminino e a Terra. Elas escutam essa voz ancestral, que nos ensina a nutrir, proteger e renascer.
Dessa forma, elas nos lembram que somos parte do todo no planeta.
Somos raízes, somos caules, somos flores.”

Camila Saloto Nogueira, mentora de escrita criativa

Esse projeto visa usar a linguagem infantil para valorizar a biodiversidade tanto nas comunidades indígenas, quanto no ambiente internacional. Para isso, as mulheres irão apresentar suas histórias tanto nas suas comunidades quanto diretamente para crianças alemãs em eventos em Baden-Württemberg.

Como coordenador, adoro poder ajudar as escritoras com ideias de escrita. É um aprendizado mútuo, não só entre elas, mas com todo o grupo, ao escutar as diversas histórias de cada uma a partir de sua própria cosmovisão.”
Gabino Damián Jiménez Martínez, líder indígena zapoteca e coordenador do projeto

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