Estamos trilhando uma jornada fantástica nesses nossos primeiros dois anos.
Agora refletimos sobre o que aprendemos, fizemos e o que estamos planejando.
Read in English.
- Rede de impacto, trabalhando juntos e nos fortalecendo
- Escuta, a base do nosso trabalho
- Agricultura Regenerativa para restaurar a terra ao empoderar seu povo
- Meliponicultura, nossa inspiração em prática
- Tecnologia, P2P, ferramentas decentralizadas e dados seguros
- Conscientização Internacional para uma cooperação efetiva
- Em desenvolvimento: Polinizando a Regeneração, comunidades se fortalecem com ideias próprias
- Agradecimentos
Rede de Impacto,
trabalhando juntos e fortalecendo um ao outro
Podemos fazer mais quando confiamos uns nos outros, nos respeitamos e trabalhamos juntos.
O Workshop de Agricultura Regenerativa na comunidade Frei Henri é um ótimo exemplo. Participantes trouxeram, plantaram e trocaram sementes endémicas na região.
Da forma similar, comunidades trocam constantemente conhecimentos sobre a biodiversidade local nas nossas redes. Esta troca de informação levou a uma colaboração com Universidades parceiras (UFRA/USP), que já analisaram duas espécies de abelhas a pedido de comunidades.
Nossa rede fortalece seus participantes. A Associação Rede Meli Brasil foi criada por membros de comunidades que se conheceram através das atividades do Meli. Foram criados também núcleos que dão autonomia aos líderes de comunidades de uma região em particular, engajando localmente outros participantes da rede que estariam inacessíveis de outra forma. Atualmente, a Meli é composta por 7 núcleos (Marabá, Arariboia, Balsas, Apurinã, Bahia, Norte do Maranhão e Mocajuba).
Imagem 1: Troca de sementes durante Oficina de Agroecologia na comunidade Frei Henri.
Rede está no nosso nome.
Um total de 52 comunidades atualmente fazem parte da nossa rede.
Encontros online periódicos e +25 comunidades participaram de eventos presenciais.
Rede social ativa com 200 participantes (comunidades e parceiros).
Relação com Universidades 4 brasileiras e 4 estrangeiras.
As comunidades engajadas na nossa Rede lideram 15 organizações.
Escuta,
a base do nosso trabalho
Ninguém conhece melhor as comunidades do que os seus membros, por isso escutamos atentamente suas histórias e ideias.
Desenvolvemos oficinas de Contação de Histórias (ou melhor, Ouvição de histórias) porque acreditamos no Poder Regenerativo das Histórias. Essas metodologias são práticas constantes em todas as nossas actividades.
Lideramos um projeto internacional Histórias Indígenas e o Meio Ambiente, que conta com o envolvimento e histórias da Europa, Ásia, Oceânia, Américas e África.
Nossas oficinas de Contação de Histórias aconteceram em:
– Quilombo Bracinho do Icatu
– Comunidade Frei Henri
– Comunidade Palmares
– Aldeia Tokurykti
– Aldeia Barreirinha
Aprendemos com a escuta.
Agricultura Regenerativa
para restaurar a terra ao empoderar seu povo
Entendemos que agricultura regenerativa é fundamental para empoderar comunidades no contexto de mudança climática.
Trabalhamos plantando árvores para estabelecer agroflorestas como forma de restaurar o ambiente e de garantir a subsistência das comunidades.
Em 2022, demos início a uma nova tradição: a oficina prática de agricultura regenerativa, reunindo comunidades indígenas, extrativistas e camponesas para aprender e trocar informações sobre práticas de agricultura regenerativa.
A próxima oficina já está sendo planejados.
Com o programa Arco da Regeneração, apoiamos agricultura regenerativa em:
– Comunidade Frei Henri
– Comunidade 1° de Março
– Comunidade Deus te Ama
– Comunidade Nova Canaã
– Comunidade Cabo de Aço
– Aldeia Barreirinha
Regeneração começa fortalecendo pessoas.
Meliponicultura,
nossa inspiração em prática
Abelhas nativas, principais polinizadores da Amazônia, são nossa inspiração.
Estabelecemos e/ou fortalecemos meliponários em:
– Comunidade Frei Henri
– Comunidade Palmares
– Aldeia Tokurykti
– Aldeia Barreirinha
Apoiamos a meliponicultura ao fortalecer meliponários existentes e estabelecendo novos em comunidades interessadas na atividade.
Entendemos que as atividades sustentáveis baseadas na natureza e ligadas à biodiversidade local são a melhor forma de apoiar a subsistência das comunidades e do ambiente ao mesmo tempo.
Biodiversidade local é chave para o florescer da comunidade.
Tecnologia:
P2P, ferramentas descentralizadas e dados seguros
A tecnologia pode fortalecer o impacto positivo se tivermos cuidado com os seus impactos culturais.
Em parceria com a Digital Democracy, Meli promoveu oficinas sobre Mapeo, uma ferramenta para documentar, mapear e monitorar áreas.
Valorizamos projetos de código aberto que utilizam sistemas de informação distribuídos. Isso levou-nos a estabelecer uma parceria com P2Panda para começar a trabalhar numa aplicativo P2P, offline, para registar colmeias de meliponini. Comunidades indígenas e campesinas são o principal público desse aplicativo.
Oficinas Mapeo foram desenvolvidas nas seguintes aldeias do território indígena Arariboia:
– Aldeia Barreirinha
– Aldeia Lago Branco
– Aldeia Zutiwa
Tecnologia pode nos ajudar a entender, preservar e valorizar a biodiversidade!
Conscientização International
para uma cooperação efetiva
Compreender o contexto local é o primeiro passo para nos conectarmos outra realidade.
Como uma organização sem fins lucrativos fundada e dirigida por migrantes na Alemanha que trabalham no Sul Global, trazemos uma nova perspectiva para a cooperação internacional. Exploramos formas inovadoras de desenvolver a cooperação internacional. As universidades são grandes parceiras e têm acolhido e apoiado as nossas actividades em todo o mundo.
Durante a I Jornada Decolonial Internacional, região foco: Maranhão e Pará, exibimos perspectivas de uma região onde as nossas primeiras atividades aconteceram. A jornada foi guiada por filmes, debates, concertos, exposições de fotografias, palestras de comunidades e/ou especialistas da região, etc.
Compartilhamos vozes contra-coloniais.
.
Nos nossos primeiros anos, foi muito importante conhecermos e nos relacionarmos com várias redes de parceria. Os seguintes grupos e/ou seus membros fazem parte da nossa jornada durante esses primeiros dois anos:
– Aliança pela restauração na Amazônia
– Bosch Alumni Network
– ChangemakerXchage
– DEEP Ecosystems
– Greentech Alliance
– ProjectTogether
– Re-Alliance
– Sacred Stacks
– Thought for Food
– UNESCO Green Citizens
– UN Food Systems Game Changer Lab
– Uplink – Climate Justice Challenge
Relação com Universidades:
– UEMA (Maranhão, Brasil)
– UFRA (Pará, Brasil)
– Unifesspa (Pará, Brasil)
– USP (São Paulo, Brasil)
– University of Bristol (Inglaterra)
– Ohio State University (EUA)
– University of Colorado (EUA)
– University of Uppsala (Suécia)
A Jornada Decolonial aconteceu em:
– São Luís e Curionópolis (Brasil)
– Uppsala (Suécia)
– Amsterdam (Holanda)
– Paris (França)
– Lisboa (Portugal)
– Munich, Düsseldorf, Freiburg e Ochsenhausen (Alemanha)
Em desenvolvimento: Polinizando a Regeneração,
comunidades se fortalecem com ideias próprias
Líderes comunitários foram multiplicadores naturais para construir projetos regenerativos colectivamente, desde a concepção.
Com o programa Polinizando a Regeneração:
– envolvemos 22 communidades
– levantamos +100 ideias
– Pelo menos 5 projetos serão financiados
A Meli formou líderes para orientar Oficinas de Ideias, nas suas comunidades: reunir, ouvir e dar prioridade a ideias de projectos regenerativos vindas dos próprios membros da comunidade. Afinal de contas, quem melhor para decidir quais os projectos que melhor (e mais eficazmente) ajudariam a comunidade, do que aqueles que nela vivem?
Surpreendentemente, esta foi uma experiência nova para muitos deles. Mas não demorou muito a tornar-se uma prática comum com o objectivo de liderar esforços de mudança a longo prazo e projectos sustentáveis. Pode acompanhar o que está a acontecer com este programa no nosso blog.
Fortalecemos líderes de comunidades a polinizar práticas regenerativas.
Agradecimentos
Para a realização destes projetos, eles foram apoiados por várias parcerias.
Gostaríamos de mencionar os seguintes parceiros e doadores dos projetos mencionados:
– Membros da Rede Meli.
– Amazonian Conservation Team – ACT Brazil
– ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS FREI HENRI (ASPRUFH)
– ASSOSSOCIAÇÃO INDIGENA MPAJA MAR KAXUWARI PARKATAJE
– ASSOCIAÇÃO REMANESCENTES DE QUILOMBOS SÃO TOMÉ DO BRACINHO DE ICATU (ARQSTBI) – Grupo Mulheres em Ação, Compartilhando Saberes
– Bundesministerium für wirtschaftliche Zusammenarbeit
– Comissão Pastoral da Terra (CPT)
– Digital Democracy
– Ecosia
– Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam)
– Hand in Hand-Fonds (Rapunzel & Deutsche Umwelthilfe)
– international alumni center gGmbH (iac berlin)
– Klimat Studenterna
– L’Occitane Foundation
– Lush Charity Pot
– Miputo.org
– Ohio State University
– P2Panda
– Pawanka Fund
– ProjectTogether
– Regeneratie Cooperatie
– Robert Bosch Foundation
– The Rockefeller Foundation
– Umundu PT
– University of Colorado Boulder – MEDLab
Agradecemos a VOCÊ por nos apoiar nessa jornada!
One Reply to “Rede Meli: os dois primeiros anos”