Mopó Itiveko: a casa do mel

Mais um projeto do Programa Polinizando a Regeneração está sendo realizado! Os professores Aruak e Yvoty escreveram um projeto para fortalecer o manejo de abelhas nativas na Aldeia Limão Verde, Pantanal brasileiro. A abelha Jataí (Xuli Xuli no idioma Terena) é tradicionalmente usada para a fabricação do Xarope Kopenoty. Além disso, a presença destes animais na região beneficia a produção agrícola. 

Autora: Sílvia Lomba 

Read in English

Na Aldeia Limão Verde, do povo Terena, o professor Aruak Kopenoty  além de educador na escola local, também trabalha para a intensificação do manejo das abelhas sem ferrão Jataí (Tetragonisca angustula ou Xuli xuli no idioma Terena). Junto com Yvoty Medina, escreveram o projeto ‘Mopó Itiveko’ para o programa Polinizando a Regeneração, com o objetivo de fortalecer estas atividades. Com isso, será trabalhada a produção do Xarope Kopenoty e o fortalecimento cultural da aldeia. 

O projeto pretende realizar três atividades principais: Manutenção e ampliação do meliponário, confecção do Xarope e rodas de conversas com os residentes da aldeia. Com isso, jovens e anciãos terão oportunidade de trocar experiências e ensinamentos, valorizar a cultura Terena, além de promover a conscientização ecológica dos jovens. Assim, ficará evidenciado a importância da preservação ambiental e cultural. 

Assim, as atividades pretendem mostrar que o ser humano não está separado da natureza, e sim que é parte dela. Com isso, espera-se valorizar atividades relacionadas à biodiversidade local, além de ensinar estas práticas para os jovens da aldeia, mostrando a eles estas possibilidades de trabalho. Além disso, o projeto irá desenvolver treinamentos no manejo de abelhas nativas entre a comunidade Terena, aumentando a população destas abelhas na região e possibilitando a produção de mel e derivados como fonte de renda. 

A primeira oficina já foi realizada e os materiais para as novas caixas das abelhas já foram comprados. Mais oficinas na escola da aldeia e com a Prev Fogo já estão agendadas! “O projeto é justamente por essa questão de preservação ambiental, com tudo que tá acontecendo principalmente aquecimento global, os alimentos não têm muita qualidade e tem muito agrotóxico. A ideia da Jataí e desse projeto é um ambiente sustentável, mais qualidade de vida e orientas as pessoas em relação à importância da preservação ambiental e das abelhas para o meio ambiente e para o mundo.” disse Aruak. 

Com este projeto, além de fortalecer a cultura Terena, o ecossistema do entorno será beneficiado, já que as abelhas são importantes polinizadores. Além disso, abelhas sem ferrão nativas são mais eficientes em polinizar plantas nativas quando comparadas com as abelhas invasoras Apis. Já foi percebido na região que nos locais onde há abelhas nativas, a produção de alimentos sofre um impacto positivo, com aumento da produção e melhora do aspecto e cor dos alimentos. 

Estamos muito animadas de estar apoiando um trabalho tão importante. As atividades já foram iniciadas, com oficinas e encontros ocorrendo com frequência. Além disso, o professor Aruak participou da Oficina de Agricultura Regenerativa promovida pela Rede Meli na Terra Indígena Arariboia. Assim, a experiência vivida no território indígena Araribóia será compartilhada também entre os moradores da Aldeia Limão Verde. 

Espaço para a montagem do meliponario

Para saber mais sobre o projeto ‘Mopó Itiveko: a casa do mel’ e outras ideias que em breve vamos divulgar dentro do programa Polinizando a Regeneração, continue acompanhando o nosso trabalho por aqui! 

A sua doação faz toda a diferença!
Vamos manter o contato!
Pode nos encontrar também no LinkedinFacebookTwitter ou Instagram 
www.meli-bees.org

One Reply to “Mopó Itiveko: a casa do mel”

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *